sexta-feira, 13 de março de 2015

Trabalho (Geologia)

ZONAS COSTEIRAS

- Linhas de costa que marcam a transição entre o oceano e continente.

A. Formas de litoral
  • Praias: ocorre a acumulação de sedimentos; podem ter cobertura vegetal - dunas - que impedem o avanço do mar, constituindo ecossistemas de grande biodiversidade.
                                    Figura 1 - Praia de Esmoriz

  • Arribas: geralmente constituídas por material rochoso consolidado, com inclinação acentuada, sem cobertura vegetal, onde predomina a erosão - abrasão marinha - provocada pelo rebentar das ondas; é acelerada quando transporta partículas que chocam com as rochas.

                                           
                                             Figura 2 - Cabo da Roca (Arriba)

B. Formas de deposição

  • Plataformas de abrasão: deposição de materiais de grandes dimensões provenientes do desmoronamento da própria arriba.

                                            Figura 3 - Praia do Telheiro
  • Ilhas-barreira: acumulação de sedimentos transportados pelos rios, paralelas à costa.


                                                    Figura 4 - Ria Formosa (Ilha-Barreira)


- A dinâmica das zonas costeiras é condicionada por fenómenos naturais e antrópicos.

Causas naturais:

  • Alternância entre regressões e transgressões marinhas, com variação do nível médio da água do mar;
  • Alternância entre períodos de glaciação e interglaciação (acumulação de gelo no Hemisfério Norte e fusão desse gelo, respectivamente);
  • Deformação das margens continentais devido a movimentos tectónicos, que podem levar ou afundamento e elevação das zonas litorais.

Causas antrópicas:

  • O excesso da produção de CO2 provoca efeito de estufa, e consequentemente o aumento do nível médio das águas do mar;
  • Construção de estruturas de lazer e recreio desordenada na faixa litoral;
  • Diminuição da quantidade de sedimentos que chegam ao litoral, devido à construção de barragens nos grandes rios;
  • Destruição das defesas naturais devido ao pisoteio das dunas, à construção desordenada, ao arranque da cobertura vegetal, e à extração de inertes, entre outros;
  • Construção de esporões, quebra-mares e paredões.


O caso dos esporões: a construção de esporões na costa ocidental favorece a deposição de sedimentos arrastados pelas correntes a norte do esporão, mas agrava a erosão sul desse esporão. Como solução constrói-se um campo de esporões, que provoca em certas zonas grandes recuos da linha da costa.

A ocupação humana nas zonas costeiras faz-se de forma desordenada, provocando alterações nos ciclos de abrasão (propiciando a erosão acelerada e avanço das águas do mar) e deposições marinhas que potenciam o risco geológico de desabamento de casas e edificações, ameaçando assim a vida humana e destruição de bens. Como consequências, também altera as rotas migratórias destruindo muitos habitats.

Medidas preventivas:

  • Colocação de avisos, com grande destaque, ao longo das zonas em perigo, em várias línguas, legível e com a informação necessária;

     Figura 5 - Aviso sobre o perigo de desmoronamento

  • Nas praias, os nadadores-salvadores deveriam ser instruídos, na tentativa de prevenir que as pessoas vão para perto das zonas com perigo de derrocada;
  • Campanhas de sensibilização para alertar dos perigos da erosão costeira;
  • Obras pesadas de engenharia (quebra-mares, que bloqueiam a energia das ondas, e esporões, que previnem a perda de areia);
  • Realimentação artificial das praias e das dunas;
  • Recuo dos edifícios;
  • Discussão parlamentar sobre o assunto, com a introdução de uma lei que permitisse um maior controlo destas zonas e que multasse os cidadãos que poderiam colocar a sua vida em perigo, principalmente se estiverem com menores de idade.


                                     Figura 6 - Cabo da Boa Esperança (Arriba)




                   Trabalho realizado por António Dias (nº5), Guilherme Pereira (nº11), João Pinto (nº14), José Ribeiro (nº15), Paulo Lopes (nº19), Pedro Silva (nº20), Rui Carneiro (nº21) e Tiago Ferreira (nº22), da turma B do 11ºano, no âmbito de Geologia.
Escola Básica e Secundária de Vilela, 13 de março de 2015

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