- Linhas de costa que marcam a transição entre o oceano e continente.
A. Formas de litoral
A. Formas de litoral
- Praias: ocorre a acumulação de sedimentos; podem ter cobertura vegetal - dunas - que impedem o avanço do mar, constituindo ecossistemas de grande biodiversidade.
Figura 1 - Praia de Esmoriz
- Arribas: geralmente constituídas por material rochoso consolidado, com inclinação acentuada, sem cobertura vegetal, onde predomina a erosão - abrasão marinha - provocada pelo rebentar das ondas; é acelerada quando transporta partículas que chocam com as rochas.
Figura 2 - Cabo da Roca (Arriba)
B. Formas de deposição
- Plataformas de abrasão: deposição de materiais de grandes dimensões provenientes do desmoronamento da própria arriba.
Figura 3 - Praia do Telheiro
- Ilhas-barreira: acumulação de sedimentos transportados pelos rios, paralelas à costa.
Figura 4 - Ria Formosa (Ilha-Barreira)
- A dinâmica das zonas costeiras é condicionada por fenómenos naturais e antrópicos.
Causas naturais:
- Alternância entre regressões e transgressões marinhas, com variação do nível médio da água do mar;
- Alternância entre períodos de glaciação e interglaciação (acumulação de gelo no Hemisfério Norte e fusão desse gelo, respectivamente);
- Deformação das margens continentais devido a movimentos tectónicos, que podem levar ou afundamento e elevação das zonas litorais.
Causas antrópicas:
- O excesso da produção de CO2 provoca efeito de estufa, e consequentemente o aumento do nível médio das águas do mar;
- Construção de estruturas de lazer e recreio desordenada na faixa litoral;
- Diminuição da quantidade de sedimentos que chegam ao litoral, devido à construção de barragens nos grandes rios;
- Destruição das defesas naturais devido ao pisoteio das dunas, à construção desordenada, ao arranque da cobertura vegetal, e à extração de inertes, entre outros;
- Construção de esporões, quebra-mares e paredões.
O caso dos esporões: a construção de esporões na costa ocidental favorece a deposição de sedimentos arrastados pelas correntes a norte do esporão, mas agrava a erosão sul desse esporão. Como solução constrói-se um campo de esporões, que provoca em certas zonas grandes recuos da linha da costa.
A ocupação humana nas zonas costeiras faz-se de forma desordenada, provocando alterações nos ciclos de abrasão (propiciando a erosão acelerada e avanço das águas do mar) e deposições marinhas que potenciam o risco geológico de desabamento de casas e edificações, ameaçando assim a vida humana e destruição de bens. Como consequências, também altera as rotas migratórias destruindo muitos habitats.
Medidas preventivas:
- Colocação de avisos, com grande destaque, ao longo das zonas em perigo, em várias línguas, legível e com a informação necessária;
Figura 5 - Aviso sobre o perigo de desmoronamento
- Nas praias, os nadadores-salvadores deveriam ser instruídos, na tentativa de prevenir que as pessoas vão para perto das zonas com perigo de derrocada;
- Campanhas de sensibilização para alertar dos perigos da erosão costeira;
- Obras pesadas de engenharia (quebra-mares, que bloqueiam a energia das ondas, e esporões, que previnem a perda de areia);
- Realimentação artificial das praias e das dunas;
- Recuo dos edifícios;
- Discussão parlamentar sobre o assunto, com a introdução de uma lei que permitisse um maior controlo destas zonas e que multasse os cidadãos que poderiam colocar a sua vida em perigo, principalmente se estiverem com menores de idade.
Figura 6 - Cabo da Boa Esperança (Arriba)
Trabalho realizado por António Dias (nº5), Guilherme Pereira (nº11), João Pinto (nº14), José Ribeiro (nº15), Paulo Lopes (nº19), Pedro Silva (nº20), Rui Carneiro (nº21) e Tiago Ferreira (nº22), da turma B do 11ºano, no âmbito de Geologia.
Escola Básica e Secundária de Vilela, 13 de março de 2015
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